Sediado em uma área de abrangência com forte presença de povos indígenas, o Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE) é, no estado de Pernambuco, responsável pelo Núcleo do Programa Ação Saberes Indígenas na Escola. Como fruto das experiências da primeira etapa de ações do Programa, que contemplou o povo indígena Pankararu, será lançado o livro “Memórias e vivências: saberes e fazeres nas Escolas Indígenas Pankararu”. O evento acontecerá no dia 10/12, das 9h às 17h, no Terreiro do Poente do Povo Pankararu.
O livro, organizado pelas professoras Edivania Granja e Socorro Tavares, é composto por narrativas de professores indígenas e sequências didáticas construídas durante a realização da Ação “Saberes nas Escolas Indígenas Pankararu”, com demonstrativos de atividades desenvolvidas por discentes Pankararu. “São narrativas das professoras e professores indígenas participantes, numa perspectiva autobiográfica permeada pelas histórias de vidas e pelas experiências no Programa”, afirma a professora Edivania.
Em suas quase 250 páginas, são ainda partilhadas as práticas metodológicas realizadas através de oficinas didáticas que aconteceram nas Escolas Pankararu e nos campi Petrolina e Floresta do IF Sertão-PE, entre os meses de junho e dezembro do ano passado. “A partir desses relatos de experiências educativas, penso que cabem algumas perguntas provocativas para nossas reflexões. Por que não dizer conexões de conhecimentos indígenas? O que são saberes, o que são conhecimentos? Quais as diferenças? Existem saberes acadêmicos e conhecimentos indígenas, tradicionais e populares?”, escreve no prefácio do livro o professor de História da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Edson Silva.
Criado em 2013 pelo Ministério da Educação (MEC), através da então Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), o Programa Ação Saberes Indígenas na Escola foi implementado em 2018 no campus Floresta do IF Sertão-PE com o povo indígena Pankararu, território etnoeducacional Serra Negra Berço Sagrado. Sob a coordenação geral da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), o IF Sertão-PE faz parte da Rede Nordeste de articulação dos saberes indígenas, com o Instituto Federal da Bahia (IFBA) e o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN).
Fonte: Assessoria de Comunicação do Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE)
Neste mês foi inaugurado oficialmente o Campus Jardim do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS). Implantada na terceira fase de expansão da Rede Federal, a unidade iniciou as atividades há cinco anos. A mudança para a sede definitiva ocorreu em outubro de 2016.
A cerimônia foi marcada também pela entrega de salas modulares e da usina fotovoltaica, para geração de energia solar. O valor investido nas obras de infraestrutura, que soma R$ 488 mil, é proveniente da Secretaria de Educação Profissional (Setec) do Ministério da Educação (MEC).
As duas salas modulares inauguradas abrigam um laboratório de desenho técnico e as atividades do FabLab, espaço para incubação tecnológica e robótica, e para o desenvolvimento de outros projetos de pesquisa. Mais de 120 estudantes são atendidos. Outras duas salas modulares estão em processo de instalação.
A usina fotovoltaica prevê a geração anual de 107,2 MWh de energia, com uma economia de quase R$ 46 mil, o que equivale a até 40% da conta de luz do campus. Com a expansão da unidade já prevista pelo IFMS, a economia deverá quase dobrar. Além de gerar energia limpa e promover a economia financeira, o espaço também servirá para o desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e extensão.
Somadas as duas fases de implantação das usinas fotovoltaicas nos campi Aquidauana, Campo Grande, Corumbá, Coxim, Dourados, Jardim, Nova Andradina, Ponta Porã e Três Lagoas, o investimento ultrapassa os R$4 milhões.
Campus – Construído em um terreno doado pela Prefeitura de Jardim, o campus tem área total de 80 mil m², sendo 1.768 m² de área construída. A unidade possui salas de aula, laboratórios, anfiteatro, biblioteca e espaços para os setores administrativos. O investimento na obra foi de R$ 3,2 milhões.
A unidade atende ainda os municípios de Bela Vista, Bonito, Caracol, Guia Lopes da Laguna, Nioaque e Porto Murtinho e tem, atualmente, mais de 700 estudantes matriculados em diversos níveis e modalidades de ensino.
Além da oferta dos cursos técnicos integrados em Edificações, Informática, Informática para Internet e Manutenção e Suporte à Informática, o ensino superior traz as opções do bacharelado em Arquitetura e Urbanismo e da licenciatura em Computação, e da especialização lato sensu em Docência para Educação Profissional e Tecnológica.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS)
Na disciplina de Microcontroladores do curso de Engenharia Elétrica Campus Itajaí do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), os estudantes foram desafiados a pensar em quatro diferentes projetos em que pudessem ser aplicados os conhecimentos aprendidos.
Eles tinham que pensar em um display, depois em um alimentador para pets, em seguida em um projeto de segurança e automatização residencial e por um último em um braço robótico ou um carro autônomo. O detalhe é que os trabalhos eram individuais e os alunos tinham poucos dias para executar os projetos.
Amanda Lisboa Pereira fez um braço robótico utilizando materiais reciclados como os componentes de uma impressora. “A maior parte dos braços robóticos são feitos com servo motor, o que dá um movimento mais preciso. Eu usei um motor DC e como ele funciona muito rápido, coloquei uma série de engrenagens de uma impressora para reduzir a velocidade. Para fazer as garras, usei palitos de picolés. Eu achei a proposta dessa disciplina muito interessante porque desafia o aluno a aplicar o que ele aprendeu”, disse a estudante.
No projeto de segurança e automação residencial, Gabriel de Souza fez uma maquete de uma casa em que instalou alarmes, sensores de luminosidade e de temperatura e um sistema de irrigação. “Com esses projetos é possível entender um pouco mais do dia a dia de um engenheiro. Nas férias, pretendo usar os conhecimentos que aprendi para fazer um sistema de irrigação, como o que eu fiz na maquete, só que dessa vez na casa da minha namorada. Mas já vou fazer algumas melhorias. No da maquete, o sistema de irrigação funcionava de acordo com um intervalo de tempo, o que eu irei fazer terá também um sensor de umidade”, afirmou o jovem.
Já Henrique Pinheiro trabalhou no projeto de um carro que funciona via bluetooth e que conta com sensor de distância que permite que ele consiga estacionar de forma autônoma. “Eu nunca tinha trabalhado com bluetooth e foi difícil adaptar o carrinho para que ele funcionasse de forma autônoma. No projeto de automação residencial, usei um sistema de controle de acesso por Rfid, que é aquele que funciona através de um tag e coloquei sensores de luminosidade. Quando eu for projetar a minha casa, quero usar todos esses sistemas”, explicou o discente.
A professora Fernanda Argoud da Silva exemplifica que resolveu mudar o plano da disciplina de Microcontroladores na sétima fase e passar a trabalhá-la por projetos, depois de estudar propostas de metodologias de ensino inovadoras. “Na primeira etapa da disciplina foi passado toda a parte teórica e depois eles tinham que colocar os conhecimentos em prática. Os trabalhos ficaram tão bons e o envolvimento dos estudantes foi tão grande que eu dei 10 para todos e essa foi a primeira vez que eu fiz isso”, acrescentou a docente.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC)
Quando uma galinha caipira é criada da maneira tradicional, ela consegue botar, no máximo, 60 ovos, por ano. Mas, se a criação seguir critérios técnicos e com o manejo adequado, é possível aumentar a produção para 300 ovos anuais. O incremento é de 500%.
As técnicas para alcançar essa produtividade foram elaboradas pelo pesquisador do Instituto Federal do Maranhão (IFMA) – Campus Maracanã, Antônio Tomaz Vasconcelos, que divulgou os resultados dos seus experimentos no II Encontro de Produtores de Ovos Caipira com Sustentabilidade na Agricultura Familiar. O evento aconteceu nos dias 15 e 16 de novembro, reunindo pequenos produtores rurais, no campus.
Até o início dos anos 2000, segundo o pesquisador, o Maranhão produzia ovos brancos (granja) em larga escala, mas esse nicho de mercado deixou de ser explorado. Atualmente, a maior parte do ovo comercializado na região vem de outros estados do País. “Temos a tradição de produzir ovo caipira, com galinha solta, herdada dos nossos avós, só que a produção é muito pequena. Trabalhando dessa forma, não teríamos produção suficiente para abastecer as cidades”, avaliou o professor Tomaz, que é mestre em Agroecologia.
Ele dedicou quatro anos de pesquisas para elaborar um modelo de produção de ovos caipira que pudesse ser mais competitivo. Essas técnicas foram reunidas no livro “Produção de Ovos Caipira com Sustentabilidade na Agricultura Familiar”, lançado em 2017, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Maranhão (Fapema).
Para usar o modelo construído pelo professor Tomaz, é preciso ter dois aviários. Em um, ficam as galinhas poedeiras, que vão botar os ovos. No outro, ficam as aves utilizadas para reprodução. Os ovos desse outro aviário não serão comercializados. Eles vão para a chocadeira até o nascimento de novos pintinhos. “É preciso fazer esse trabalho de reprodução, senão os produtores vão ficar sempre dependentes de comprar pintos, todos os anos. Todo o ciclo deve ser sustentável”, ressaltou o professor.
Essas técnicas são experimentadas no próprio sítio do professor, que fica localizado a 1 km do IFMA – Maracanã. “Um detalhe importante desse sistema é que não usamos água dentro dos aviários, para evitar a mistura com fezes e urina. O melhor é ter a água fora das instalações em que as galinhas dormem e vivem”, destacou. Os pontos de água ficam do lado de fora dos aviários. Na área externa, também há piquetes com frutíferas, para ajudar na ingestão de sais minerais e vitaminas e no sombreamento.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Instituto Federal do Maranhão (IFMA)
O Parque Nacional da Serra do Divisor, que fica localizado entre a fronteira do Acre com o Peru, conta agora com condutores de turismo ecológico. Os novos profissionais foram capacitados pelo Instituto Federal do Acre (Ifac) e, no início deste mês, receberam os certificados. Além disso, os mais de 30 condutores também receberam, pela Marinha do Brasil, carteiras de habilitação de condutores náuticos.
Conforme explica o coordenador do curso, que também é professor do Ifac em Cruzeiro do Sul, Paulo Costa de Moura, o objetivo da capacitação foi trazer conhecimentos técnicos e ampliar a qualidade de atendimento na condução dos turistas que visitam a Serra do Divisor. As aulas, que tiveram início em 2018, contaram com atividades teóricas e práticas e foram realizadas em meio às paisagens naturais, cachoeiras, grutas e trilhas do local.
“Acredito que todos que participaram da capacitação conseguiram incorporar a formação e qualificação profissional proporcionada pelo Ifac e demais instituições parceiras. A qualificação que a comunidade recebeu já está sendo percebida por todos que visitam a Serra do Divisor. Tenho muito orgulho de poder trabalhar com amor, carinho e garra. Tenho certeza que essa formação vai contribuir para o dia a dia de cada um”, afirmou.
De acordo com a reitora do Ifac, Rosana Cavalcante dos Santos, a cerimônia de certificação dos novos condutores de turismo ecológico é reflexo do compromisso da instituição em levar educação para as comunidades acreanas. “É com muito orgulho e felicidade que realizamos essa certificação. Participar deste momento só prova que a nossa Instituição está no caminho certo, levando cada vez mais educação para o Acre. Aproveito a oportunidade para agradecer todos os nossos alunos, parceiros e também o Campus Cruzeiro do Sul, em especial os professores Paulo Moura e Rodrigo Marciente”.
Para o prefeito de Mâncio Lima, o curso ministrado pelo Ifac aos moradores da comunidade Pé da Serra trouxe novas possibilidades de trabalhos, como também ampliou a qualidade do turismo local. “A partir de agora eles estão habilitados para fazer esse trabalho e temos certeza que teremos um novo momento para os moradores do Pé da Serra”, destacou.
Chefe do Parque Nacional da Serra do Divisor, Aécio Silva dos Santos, também sublinhou a importância da capacitação para a comunidade Pé da Serra, como também o conhecimento repassado aos moradores. “O curso de condutor de turismo ecológico tem como principal característica o conhecimento e isso é muito pessoal. Tenho certeza que essa certificação é início de um trabalho de valorização das pessoas que residem na região”.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Instituto Federal do Acre (Ifac)
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