Quatro projetos da Rede Federal são contemplados com Prêmio Inova, iniciativa do Conif e ConTic

Neste mês de setembro, quatro projetos da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica foram contemplados com o Prêmio Inova. Nesta edição, o Centro  Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet/RJ) e os Institutos Federais de São Paulo (IFSP), de Mato Grosso (IFMT) e de Pernambuco (IFPE) foram os vencedores.  


O momento da premiação fez parte da programação do Painel Telebrasil, um dos principais eventos de conectividade, telecomunicações e inovação do país. O prêmio tem como objetivo valorizar projetos de extensão ou pesquisa elaborados por professores e estudantes da Rede Federal. A iniciativa é da Confederação Nacional da Tecnologia da Comunicação e Informação (ConTic) e do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif).


Para a presidente do Conif, Ana Paula Giraux, o Prêmio Inova consolida a parceria entre o Conif e a ConTIC, sendo uma ótima ferramenta para estimular a criatividade e o conhecimento tecnológico e científico na Rede Federal.


“A premiação aproxima ainda mais as instituições dos arranjos produtivos, ao valorizar projetos que transformam a realidade, incentivam a pesquisa e fortalecem a formação de estudantes e servidores. A parceria reafirma o papel estratégico das nossas instituições no desenvolvimento científico e tecnológico do país”, explica.


1º Lugar


O Cefet/RJ foi quem conquistou o primeiro lugar do pódio. Estudantes e professores foram premiados por meio do Nemesis, um software inovador que automatiza a análise de notas de empenho do Tribunal de Contas do Estado (TCE), aumentando a capacidade de fiscalização da Corte.


Atualmente, as notas de empenho são analisadas manualmente ou por amostragem pelos auditores do TCE, que têm de ler a descrição de cada uma. Com a solução desenvolvida pelos estudantes do Cefet, o software fará análise e busca semântica desses documentos, que registram a reserva de orçamento para a realização de uma despesa específica e contêm informações como fornecedor, descrição, valor e categoria do gasto. 


2º Lugar


O segundo lugar ficou com o projeto do IFMT – campus Juína. O software criado, o SolIF, é capaz de analisar a fertilidade do solo e fornecer orientações para o correto manejo da terra e aumento da produtividade. O SolIF analisa amostras de solo e gera relatórios automatizados com todas as informações necessárias para o desenvolvimento de culturas.


De acordo com o Ministério da Educação (MEC), a ferramenta atende quase 700 famílias de assentamentos rurais por meio do programa Solo Vivo, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), promovendo o uso racional de insumos, a valorização da assistência técnica e a democratização do conhecimento científico.


3º Lugar


Em terceiro lugar, ficou o IFSP – campus Salto. O projeto desenvolvido pelo instituto foi desenvolvido com o objetivo de combater a evasão escolar. Os responsáveis pela iniciativa desenvolveram uma ferramenta para monitorar a frequência dos estudantes por meio de biometria.  


Estudantes e professores transformaram TVs boxes, que seriam descartadas, em um sistema pelo qual cada aluno registra sua entrada no sensor. Esse módulo é integrado ao Sistema Unificado da Administração Pública do Instituto, que centraliza todos os processos administrativos da faculdade. A inspiração do projeto foram duas auditorias do Tribunal de Contas da União na rede federal de ensino, que apontaram a falta de dados confiáveis sobre a presença de estudantes e uma evasão de 41% nos cursos técnicos e 51% nos cursos de graduação em 2022. 


Duplamente premiado


Na categoria Acessibilidade, o IFPE – campus Recife foi o vencedor. Além disso, o instituto ainda ganhou o Prêmio Destaque da edição de 2025, sendo o projeto mais votado entre os que concorreram. Um grupo de cinco professores e 25 estudantes criou um dispositivo acoplável a óculos para ser utilizado de maneira complementar à bengala – uma forma de auxiliar pessoas com deficiência visual.


O projeto deu origem à startup Synesthesia Vision e, após dez anos de pesquisa, o dispositivo está pronto para ser comercializado. Utilizando sensores infravermelhos e ultrassônicos, ele é capaz de detectar obstáculos e emitir sinais sonoros e vibrações que orientam o caminho.



Diretoria de Comunicação do Conif
Texto:
Marina Oliveira/Conif
Com informações da Telebrasil
Foto: Telebrasil/Divulgação

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