Aprender a reaproveitar os resíduos de óleo vegetal para fabricação de sabão artesanal. Participar da instalação de uma rede de abastecimento de água potável. Apreender a tecnologia de redução de substâncias cancerígenas e do tempo de produção da cachaça e tiquira. Praticar o cultivo flutuante de ostra nativa. Recuperar a nascente de um rio. Obter orientação na área de gestão de microempreendedorismo. Construir coletivamente uma identidade visual para agregar valor aos produtos de uma reserva extrativista. Instalar um sistema de irrigação automática alimentado por energia solar numa comunidade rural.

Esses são alguns exemplos de benefícios obtidos por moradores de comunidades carentes em projetos promovidos pelo Instituto Federal do Maranhão (IFMA), em todo o estado, com participação de professores e estudantes com objetivo de promover educação, melhoria da qualidade de vida e oferecer alternativas concretas de geração de renda para a sociedade.

Tratam-se de projetos de extensão, em que o IFMA aplicou, só no ano passado, aproximadamente R$ 600 mil. Dados registrados pela instituição indicam a existência de 829 projetos cadastrados, envolvendo cerca de 3.400 estudantes, 850 professores e quase 300 servidores da área administrativa, beneficiando mais de 70 mil pessoas no Maranhão.

“Esse contato com a comunidade gera uma forma de aplicar o conhecimento e as vezes é até muito mais efetiva do que um estágio”, avaliou o pró-reitor de Extensão, Fernando Lima. “O estudante não pode ter o contato com o mundo do trabalho exclusivamente no estágio”, complementou. “O País está em crise, tem poucos empregos gerados e se não tem emprego não vai ter estágio”, prosseguiu. “Então como é que a gente faz? “, refletiu. “Esse contato do estudante com o mundo já poderia se iniciar logo nos primeiros anos com essa experiência, não necessariamente numa empresa”, defendeu.

“Muitos afirmam que a extensão seria um o patinho feito do tripé das instituições públicas de ensino superior, por serem menores os recursos disponibilizados”, afirmou o reitor do IFMA, Roberto Brandão. “Quem pensa assim, pensa erroneamente, pois é exatamente o contrário”, prosseguiu. “Levar o conhecimento à comunidade é o grande efeito da extensão”, assinalou Brandão. “A extensão agregou um número cada vez maior da sociedade que desconhecia o potencial das instituições públicas de ensino superior”, frisou.

Segundo o reitor Roberto Brandão, projetos estratégicos estão sendo desenvolvidos, outros pensados e planejados para fortalecer e melhorar as ações de extensão no IFMA.  “Se dotarmos de infraestrutura e de condições, haverá motivação de professores e estudantes”, avaliou Brandão.

“Projetos de várias magnitudes e alcance, em várias áreas no Maranhão, devem ser implementados, pois assim o IFMA passará a ser melhor conceituado, observado e frequentado pela população”, disse. “Esse é o diferencial que a extensão é capaz de fazer”, avaliou o reitor. “Mas alguns gestores não têm essa visão diferenciada”, prosseguiu. “Devemos caminhar para fortalecer a extensão, com a convicção de que daremos a melhor resposta à comunidade, nos vários pontos de presença do IFMA”, concluiu.

Fonte: Assessoria de Comunicação do Instituto Federal do Maranhão (IFMA)

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