Que não há nada melhor do que a companhia de um bicho de estimação, todo mundo sabe! Pesquisadores japoneses, por exemplo, constataram que donos de animais apresentam maiores níveis de oxitocina, substância ligada a sensações de relaxamento e bem-estar.

Já estudo norte-americano comprovou que o nível de estresse de funcionários que trabalham na companhia de cães diminui, além de aumentar a satisfação e o desempenho dos profissionais. E por que não acolher os animais que vivem nos campi do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG)?

A comunidade acadêmica de Curvelo está envolvida na construção e na gestão sustentável de um canil, que será apresentado esta semana na programação da Semana de Ciência e Tecnologia (C&T). O projeto busca acolher os três cães que vivem no campus. Um dos animais, o Bastião, é de grande porte e brincalhão, o que pode incomodar algumas pessoas. A ideia também é poder abrigá-lo nos períodos de maior circulação no local.

São várias frentes de trabalho: o grupo que atua na construção do canil, o grupo que atuará na manutenção, além dos vigilantes terceirizados e de uma veterinária de Curvelo, todos participando ativamente no acolhimento e cuidado com os animais.

Para a construção do canil, está sendo feito um “mutirinho”, pequeno mutirão em um espaço em desuso no campus. A equipe utiliza tijolos sustentáveis construídos no próprio campus e bambu, além do reaproveitar materiais, como os rejeitos da mineração, reforçando os conhecimentos e as estratégias construtivas sustentáveis dos estudantes do Cefet-MG.

A vertente do projeto que será apresentada na Semana C&T conta com a participação das alunas de Engenharia Civil Hêmilly Ribeiro, Luiza Gabriela Crivelaro e Rafaela Lima, sob a orientação da professora Luciana Ferreira e a coorientação da professora Karla de Souza. A equipe se preocupou em formalizar o projeto, com garantias documentais relativas à saúde e à manutenção permanente para a integridade dos animais.

A medida busca proteger os cachorros que vivem na área e foram acolhidos pela comunidade cefetiana, para que não haja insegurança e incerteza com relação ao destino deles. Os novos cães que chegam são encaminhados para adoção.  “Buscamos acolher os cães de rua e não desconsiderar esse problema social já existente. O campus está localizado perto de uma rodovia em que acontecem muitos casos de abandono. Se nos negarmos, como célula social, a acolher esses cães, não fazemos o nosso papel de ajudar a resolver os problemas da sociedade”, avalia Karla. “Os cães, inclusive o Bastião, são muito queridos, além de ajudarem os vigilantes nas rondas noturnas”.

No futuro a equipe pretende levar o modelo do protótipo para outros espaços, internos e externos do Cefet-MG, de forma a facilitar a convivência entre humanos e animais. Para a professora, o engajamento social, a cidadania e a civilidade são conceitos primordiais ressaltados com a realização desse projeto.

Fonte: Assessoria de Comunicação do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG)

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