A ficha só caiu para a estudante Adrieny Teixeira, do Campus Centro do Colégio Pedro II (CPII), de 15 anos, quando ela desembarcou no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no dia 26 de novembro. Depois de cinco dias representando o Brasil e a Instituição no 10° World Mathematics Team Championship (WMTC), que aconteceu em Pequim, na China, a adolescente voltou pra casa sendo a única menina a conquistar uma medalha de ouro nesta edição da competição.

Adrieny, que está no 9º ano do ensino fundamental, competiu com estudantes de outros cinco países – China, Austrália, Filipinas, Malásia e Bulgária – na categoria avançado. Um detalhe: as provas aplicadas eram niveladas para estudantes de ensino médio, entre 15 e 20 anos.

A estudante viajou com mais outros 17 colegas (oito do Campus Centro e nove do Campus São Cristóvão III). Todos foram acompanhados dos professores Ivail Muniz Junior, Marissol da Fonseca e Isabel Campos Barroso, responsáveis pela preparação do grupo para as provas desta olimpíada internacional de matemática. A viagem do grupo foi financiada pela Assistência Estudantil.

A delegação conquistou 18 premiações (11 medalhas e 7 menções honrosas) fazendo com que o CPII fosse a instituição brasileira com melhor desempenho na competição – outras 21 escolas participaram.

Para Adrieny e outros colegas, essa foi a primeira vez que realizaram uma viagem internacional, o que para muitos ainda é algo fora de suas realidades.

Como surgiu seu interesse pela Matemática? Foi na escola? Sua família te incentivava?

- Eu não gostava muito de Matemática no início, mas tirava boas notas. O interesse pela matéria começou quando iniciei a realização das olimpíadas acadêmicas no CPII e pelo incentivo de diversos professores maravilhosos que tive. Minha família sempre me incentivou em tudo. Então, nos bons e maus momentos sempre estava ao meu lado, me apoiando e incentivando

Quando começou a participar de olimpíadas de matemática e quais resultados já obteve?

- No 6°ano quando participei da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) pela primeira vez, não me preparei e ganhei menção honrosa. A partir dali, comecei a gostar dos desafios da Matemática e a me inscrever em todas as olimpíadas acadêmicas.

OBMEP 2015: Menção honrosa.

OBMEP 2017: Menção honrosa.

OBMEP 2018: Medalha de bronze.

Canguru 2018: Medalha de prata

Canguru 2019: Medalha de Ouro

OBMV 2018: Menção honrosa

Olimpíada Tubarão 2018: Medalha de bronze

OBA 2018: Medalhade bronze.

OBA 2019: Medalha de prata.

OIMSF 2019: Medalha de ouro.

WMTC 2019 (China): Medalha de ouro.

OBRL 2019: Medalha de prata.

OMERJ 2018: Medalha de bronze

OMERJ 2019: Menção honrosa

Concurso Literário Adélia Prado 2018 (CPII- Centro): Medalha de menção honrosa (4°lugar)

Jogos Intercampi CPII (2017): Soçaite – 2° lugar.

Jogos Intercampi CPII (2018): Tênis de mesa – 3°lugar

Jogos Intercampi CPII (2019): Tênis de mesa – 1° lugar.

OBMEPEIROS 1°edição 2019: 2° lugar geral no nível 2.

Como foi sua preparação para a WMTC?

- Quando fiquei sabendo que iria participar da WMTC, comecei a realizar provas anteriores. O grupo teve encontros com o professor Ivail (Departamento de Matemática), que resolvia as questões das provas de anos anteriores da WMTC e com professora Marissol (Departamento de inglês) que fazia encontros também, ajudando e orientando os alunos com vocabulários matemáticos em inglês.

Antes dessa viagem você já tinha viajado para fora do Brasil? Se essa foi sua primeira vez, o que achou da experiência?

- Essa foi minha primeira viagem e olimpíada internacional realizada. Eu fiquei deslumbrada em conhecer diversas culturas que encontrei pelo caminho. Tivemos passeios por vários pontos turísticos da China, inclusive a Grande Muralha (um dos lugares que sonhava visitar). Foi uma experiência incrível, que jamais tinha vivenciado. Agradeço ao CPII por isso, pois jamais meus pais poderiam me proporcionar uma viagem de avião, muito menos internacional.

O que significou pra você representar sua escola, ao lado de seus colegas, em uma competição internacional?

- Foi muito gratificante representar o meu colégio junto aos meus amigos. Isso mostra que a escola pública como o CPII tem muitos alunos dedicados, que representam o Brasil e o colégio em olimpíadas internacionais. O nosso resultado prova que a escola pública, como o CPII, tem educação de qualidade. Fiquei muito feliz e orgulhosa em fazer parte deste time incrível, com excelentes pessoas.

O que achou do nível de dificuldade das provas da WMTC? Que tipo de provas você realizou?

- Particularmente, considero o nível da prova elevado. Eu e a Isabel Fernandes fomos as únicas do 9°ano a realizar a prova no nível avançado (um nível superior ao nosso), por questão da idade e regras da olimpíada. Então, realizamos nível de prova de ensino médio. Na rodada individual, a gente tinha 10 minutos para fazer 8 questões, depois mais 10 minutos para fazer 4 questões e por último mais 10 minutos para fazer mais 2 questões. O tempo foi muito corrido e o nível da prova foi muito difícil. Além da prova estar toda em inglês. Nunca tinha realizado uma olimpíada igual a essa em questão de dificuldade e de tempo.

O que sentiu ao ser a única menina a conquistar o ouro em sua categoria?

- Na hora eu fiquei muito surpresa. A minha ficha só caiu quando cheguei no aeroporto…(rsrs) Pelo nível da prova, eu não achava que tinha ido tão bem. Ainda mais por ser aluna do 9°ano e a prova ter sido a nível de ensino médio. Foi muito emocionante a premiação. Fiquei bastante feliz também com o resultado dos meus amigos do Campus Centro e de São Cristóvão.

O que você diria para incentivar outros estudantes a participarem de olimpíadas e a se dedicarem mais à matemática?

- Matemática não é um “bicho de sete cabeças”. Com treino e dedicação ela vai se tornando mais fácil e prazerosa. Matemática é vida. Recentemente, muitas universidades passaram a reservar vagas para medalhistas de olimpíadas. Graças também a essa disciplina, consegui realizar alguns sonhos.

Fonte: Assessoria de Comunicação do Colégio Pedro II (CPII)

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