Acesso a novos conhecimentos, ativação do senso crítico, aproximação com culturas diferentes, aprimoramento da escrita e prazer. Esses são alguns dos benefícios que os livros podem proporcionar.
Neste 29 de outubro, o objeto é lembrado em razão da transferência da Real Biblioteca Portuguesa para o Rio de Janeiro em 1810, originando a Biblioteca Nacional – hoje denominada Fundação Biblioteca Nacional.
A despeito de toda a história e das mudanças pelas quais passam a produção de livros e o funcionamento das livrarias em razão dos avanços tecnológicos, segundo o professor de Língua Portuguesa do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) Severino Rodrigues, “celebrar o livro é algo fundamental em nossos dias.”
Com sete obras publicadas e uma prestes a sair do “forno” (clique aqui para saber mais), o docente abordou assuntos pertinentes à celebração na entrevista abaixo.
- Qual reflexão deve ser feita no Dia Nacional do Livro?
Celebrar o livro é algo fundamental em nossos dias. Por meio dele, ampliamos nosso horizonte de conhecimentos e contribuímos para a nossa formação emocional. Hoje contamos com uma diversidade de obras para todos os gostos e que atendem a praticamente todas as expectativas. Por isso, não há motivo para não ler; há um milhão de motivos para descobrir a história, a arte e a ciência em nossas estantes. Momentos assim, como o Dia Nacional do Livro, são necessários para que não esqueçamos do objeto principal que nos leva ao mundo da leitura.
- Como avalia os livros didáticos atuais?
Cada vez mais, os livros didáticos buscam se atualizar, procurando dialogar com o jovem e a nossa sociedade, abordando a interdisciplinaridade e estabelecendo relações entre diferentes contextos. Talvez a velocidade com que essas mudanças ocorrem não seja a ideal. Mas já demos muitos passos, por exemplo, um trabalho mais contextualizado e crítico com a Gramática e também a inclusão da Literatura Africana de Língua Portuguesa nas escolas.
- De que forma incentivar a leitura para além dos livros didáticos é importante para a construção do conhecimento do estudante?
Por meio da leitura, principalmente da leitura literária, o jovem conhece novos contextos, às vezes muito diferentes daquele em que vive, identifica-se com personagens e situações, trabalha a empatia, o amadurecimento emocional e intelectual. O melhor caminho é mostrar para eles a diversidade de títulos e temas que existem. Muitas vezes, crianças e adolescentes chegam à escola sem um repertório mínimo de leitura, então, nós, professores, temos a missão de apresentar narrativas e poemas de qualidade mediando esse primeiro contato.
- Na atualidade, adultos e jovens fazem tudo ou quase tudo por meio dos aparelhos eletrônicos, ainda há espaço para a leitura de livros?
Totalmente. Inclusive temos os e-books, aplicativos e até plataformas de streaming voltadas para os livros. É claro que, nos dias correntes, a atenção do jovem é disputada pelas mais variadas formas de expressão artística, como filmes e seriados, e também pelo conteúdo das redes sociais. Mas, se observarmos as listas dos livros mais vendidos, a produção literária para jovens é expressiva. E nos eventos literários eles são um dos maiores públicos. Há espaço, sim, mas é responsabilidade dos pais, professores e sociedade em geral estimular esse contato e aproximação.
Jovem autora do IFF – Jéssica Sanz é aluna do Curso de Licenciatura em Letras do Campus Campos Centro do Instituto Federal Fluminense (IFF). Com 21 anos, ela já contabiliza três publicações, sendo a mais recente intitulada “A Terra dos Perdidos”, da Trilogia “Maya Fujita”, lançada na Bienal Internacional do Livro do Rio, evento realizado entre agosto e setembro deste ano, na capital do Estado.
A conexão do universo das redes com a literatura é uma característica presente nas influências da jovem escritora, que se inspirou nos amigos virtuais para a composição dos personagens.
Ela conta que o processo de criação das histórias é dinâmico. “Qualquer momento é especial para escrever! Basta ter um tempinho e um celular com bateria. Até no ônibus dá pra deixar a imaginação fluir. O micródromo do IFF também ajuda muito”.
“Livros e leituras são de extrema importância para mim. O objeto e o hábito são bons para a criatividade e o desenvolvimento intelectual. Minha sugestão para aqueles que pretendem estrear no mundo da literatura é: leiam e pesquisem sobre as temáticas que desejam escrever, isso ajudará na construção de personagens, utilização de palavras, estruturação da narrativa etc”, explica.
Cefet-MG desponta como polo literário – Os centros federais de educação tecnológica (integrantes da Rede Federal) foram criados com uma vocação bem definida, mas há décadas o Centro de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) não deixa passar despercebidas as mudanças da sociedade atual.
A professora do Departamento de Linguagem e Tecnologia Ana Elisa Ribeiro explica que o Cefet mineiro é reconhecido como centro de educação tecnológica de excelência, o que está totalmente de acordo com uma proposta ligada às tecnologias do livro, e que a denominação de “Polo Literário” diz respeito a muitas coisas, não apenas a escrever literatura.
“Estamos pensando, fazendo, estudando, propondo o debate sobre o literário em sentido amplo: o livro (impresso ou digital), a leitura (e as mudanças em suas práticas), o leitor/a leitora, a formação de escritores e escritoras, o pensar sobre ilustração, design etc”, acrescenta.
A docente complementa que a vocação literária não chega a ser um movimento e exemplifica seu surgimento. “Ela tem início com colegas que têm hoje perto de 20 anos de instituição, que sempre fizeram revistas, festivais de cultura e coisas afins. De 15 anos para cá, mais pessoas com essa vocação chegaram aqui e isso acabou criando alguns fluxos. Foi então que resolvemos nos tornar um Departamento (Linguagem e Tecnologia), depois concebemos e implementamos um Mestrado (Estudos de Linguagens), um Bacharelado em Letras (Edição) e um Doutorado (Estudos de Linguagens)”.
Dentre as produções do Cefet-MG, destacam-se os livros “Edição&Crítica”, “Boca na Palavra, Vias do Canto” e “Minas Geo/Gráfica”, e as revistas “Divina Comédia” e “Ato”.
IFRS – E o fomento a essas produções são cada vez mais recorrentes na Rede Federal. O Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), por exemplo, lançará as inscrições do seu concurso literário no dia 3 de novembro.
Autores de contos, crônicas, haikais e poemas podem participar da iniciativa que tem o objetivo de divulgar a produção dos estudantes da instituição.
Os três primeiros colocados de cada categoria receberão certificado e premiação durante o 4º Salão de Pesquisa, Extensão e Ensino do IFRS, marcado para o fim de novembro, no Campus Bento Gonçalves. E os dez primeiros textos classificados de cada categoria serão publicados em livro digital.
Com fotos e informações do Instituto Federal Fluminense (IFF)
Bárbara Bomfim
Assessoria de Comunicação
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Nesta terça-feira, 22/10, o vice-presidente de Assuntos Acadêmicos do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Flávio Luís Barbosa Nunes, representou o presidente Jerônimo Rodrigues da Silva na audiência pública “Os cortes orçamentários na Educação e as metas do PNE”. A reunião foi promovida pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados em atendimento ao requerimento do deputado Professor Israel Batista (DF).
Em sua apresentação, o vice-presidente explicou o trabalho realizado pelo Conif, o modelo de ensino disponibilizado pela Rede Federal de Educação Profissional, Cientifica e Tecnológica e expôs números para demonstrar a relevância de dezenas de instituições comprometidas com o ensino público, gratuito e de qualidade.
“O Conif e a Rede Federal se colocam à disposição para continuar o debate do tema posto e, nesse sentido, achar caminhos para que as metas do Plano Nacional de Educação (PNE) sejam alcançadas e, da mesma forma, contribuir para o desenvolvimento da Educação no Brasil”, declarou o reitor do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul).
Dentre as metas do PNE elencadas pelo dirigente que poderiam contar com a participação efetiva da Rede Federal foram destacadas: a oferta de, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos nos ensinos fundamental e médio na forma integrada à educação profissional; o aumento das matrículas da educação profissional técnica de nível médio; a elevação da taxa de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos; a promoção da formação específica de nível superior e pós-graduação dos professores da educação básica.
Segundo Nunes, para que a Rede Federal possa, de fato, auxiliar o cumprimento das metas do PNE, é preciso que a estrutura atual obtenha sua consolidação, sendo imprescindível ainda o aporte de investimentos, a liberação das vagas previstas na Portaria nº 246 do Ministério da Educação (MEC) e o incentivo e oferta de licenciaturas.
“Temos que pensar na Educação como um bem público. E se é um bem público, é de responsabilidade do poder público sua manutenção. É isso que temos que pensar enquanto nação. A defesa da Rede Federal deve ser perene e tem que ser uma luta da sociedade como um todo”, acrescentou.
Também participaram da reunião a vice-presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação do Estado do Paraná (Undime/PR), Márcia Baldini; o secretário de Assuntos Jurídicos e Legislativos da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Gabriel Cruz; e a vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Élida Elena.
PNE – Aprovado em 2014, o Plano Nacional de Educação é avaliado a cada dois anos. O documento, que definiu metas e estratégias da área educacional, é válido até 2024.
Acesse o documento “Plano Nacional de Educação: olhares sobre o andamento das metas” de autoria da Subcomissão de Acompanhamento do Plano Nacional de Educação da Câmara dos Deputados. Clique aqui.
Bárbara Bomfim
Assessoria de Comunicação
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O coordenador da Câmara de Relações Internacionais do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Jefferson Manhães, participou da Semana Europeia de Habilidades Técnicas e Profissionais (European Vocational Skills Week, em inglês), realizada de 14 a 18 de outubro em Helsinque, Finlândia.
Durante o painel "Rede e Parceria como um Recurso Estratégico", o dirigente apresentou a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica. O reitor do Instituto Federal Fluminense (IFF) também detalhou o ecossistema de inovação do qual o IFF participa junto com outras instituições de ensino na cidade de Campos dos Goytacazes, no estado do Rio de Janeiro.
“Este evento é uma grande oportunidade para conhecermos as experiências de outros países e também para dar visibilidade à Rede Federal, pois, em 2020, o Erasmus+ (um dos maiores programas de intercâmbio internacional para jovens que desejam estudar no Europa) disponibilizará recursos para a mobilidade de estudantes da educação profissional e tecnológica”, afirmou.
O coordenador do Fórum de Desenvolvimento Institucional (FDI) do Conif, Luciano Toledo, também participou. Ao pró-reitor do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), coube uma exposição sobre temas relativos à pesquisa no âmbito da Rede Federal.
Unevoc – O Centro Internacional para a Educação Profissional e Tecnológica (Unevoc) é um dos ramos da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
No evento realizado na Finlândia, Jefferson Manhães representou os Centros Unevoc da América Latina.
Desde 2016 o Conif é um Centro Unevoc, status que possibilita a participação ativa da Rede Federal em relevantes debates mundiais.
Semana Europeia de Habilidades Técnicas e Profissionais
Bárbara Bomfim
Assessoria de Comunicação
Conif
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Esta semana os integrantes do Fórum de Dirigentes de Ensino (FDE) do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) realizaram a última reunião do ano na sede do Conselho, em Brasília.
Depois de debates e alinhamentos, o grupo vai se dedicar à construção do documento “Política de Acesso, Permanência e Êxito na Rede Federal”. Segundo a coordenadora do Fórum, Maria Lucilene Acácio, do Instituto Federal do Acre (Ifac), a primeira versão da proposta será apresentada no ano que vem.
“Decidimos estruturar o trabalho a partir do histórico e da análise dos planos de permanência e êxito já existentes na Rede Federal, do conceito da política propriamente dita e, ainda, de ações e estratégias desenvolvidas na Educação de Jovens e Adultos (EJA), na Licenciatura e na Formação Inicial e Continuada”, explicou.
Durante a 1ª Reunião Extraordinária do FDE, o grupo concluiu cinco documentos que tratam de temáticas específicas e que terão destinações distintas. Um deles aborda a curricularização da extensão e foi elaborado em conjunto com o Fórum de Pró-Reitores de Extensão (Forproext).
“É um assunto bastante interessante na perspectiva de tornar os nossos cursos, principalmente os superiores, mais atrativos, mais conectados com a sociedade”, afirmou o vice-coordenador do Fórum, Ricardo Cardozo, do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG).
Os outros cinco documentos elaborados referem-se a: material que subsidiará o diálogo entre o Conif e o grupo de trabalho (GT) sobre Educação Superior instituído pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia; Resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) nº 02/2015 (Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial em Nível Superior e para a Formação Continuada); proposta de alteração da Resolução do CNE nº 06/2012 (Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio); e pontuações sobre os instrumentos de avaliação de cursos superiores no que diz respeito ao credenciamento e recredenciamento. Um posicionamento sobre o Programa Future-se está em construção.
A reunião contou com a participação da coordenadora da Câmara de Ensino do Conif e reitora do Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE), Maria Leopoldina Veras Camelo, e, no primeiro dia, com a presença do reitor do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), Rafael Almada.
“As reuniões são de extrema importância porque acompanham, quase que concomitantemente, documentos de interesse da Rede Federal que encontram-se no âmbito da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação (MEC) e do CNE, e que precisam ser discutidos em sua integralidade”, afirmou Maria Leopoldina.
Balanço FDE – O FDE realizou duas reuniões ordinárias em 2019 e uma extraordinária. O próximo encontro deve ocorrer entre fevereiro e março do próximo ano.
Bárbara Bomfim
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Nessa quinta-feira, 17/10, teve início o Rio Entrepreneurship Programme, uma oficina sobre estruturação de hackathons(*) como instrumento de desenvolvimento de capacidades para estimular mentalidades empreendedoras em instituições de ensino profissional e tecnológica.
O evento é promovido pelo Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), com apoio do Instituto Federal Fluminense (IFF), do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) e da Unesco-Unevoc, e acontece na Fundação Casa de Ruy Barbosa, no Bairro Botafogo, no Rio de Janeiro.
Na solenidade de abertura, o reitor do IFRJ, Rafael Almada, representando o presidente do Conif, Jerônimo Rodrigues da Silva, destacou a importância do encontro, que ocorre paralelamente ao Hacking Rio – festival de cultura digital reconhecido como a maior hackathon da América Latina, criando soluções de alto impacto para os desafios da sociedade e do mercado. A edição de 2019 ocorre de 18 a 20 de outubro na capital fluminense.
“Os eventos têm tudo a ver com a linha de formação na área de empreendedorismo e inovação que a Rede Federal precisa. E isso é um dos pilares da Unesco-Unevoc que trabalha com educação profissional voltada para essas temáticas”, afirmou Almada.
Para Nickola Browne, da Unesco-Unevoc, trata-se de uma iniciativa importante na medida em que permite um novo olhar sobre a possibilidade de incentivar de maneira direta um ambiente de inovação, criando novas formas de motivar estudantes a desenvolverem seus projetos.
O Rio Entrepreneurship Programme, que termina nesta sexta-feira, 18/10, foi organizado pelo diretor de Internacionalização e Inovação do IFF e presidente da incubadora Tec Campos, Henrique da Hora. Além dos servidores da Rede, participam da oficina representantes do Chile, Colômbia, México e Paraguai.
A capacitação tem como palestrantes o diretor-executivo da InstaQuadros, mentor da Plataforma Space e um dos organizadores do primeiro Hacking.Rio, Felipe Grossi; o diretor de Tecnologia da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e fundador do parque tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Maurício Guedes; o deputado federal e presidente da Frente Parlamentar pela Inovação na Bioeconomia, Paulo Ganime; e a presidente da WIPO Brasil, Isabella Pimentel.
A programação de hoje inclui as temáticas: From Public Politics to Entrepreneurial Development in TVET; The Impact of Entrepreneurial Training on the Local, Regional, and Global economy; Aspects of Intellectual Property in Entrepreneurial Environments and their relation to the TVET curriculum, e, por fim, o painel: The Global Impact of Innovative Entrepreneurship.
*hackathon – O termo vem da junção das palavras “hack” (programar de forma excepcional) e “marathon” (maratona) e é definido como um evento que reúne programadores, designers e outros profissionais ligados ao desenvolvimento de software para uma maratona de programação, cujo objetivo é atender a um fim específico ou projetos livres que sejam inovadores e utilizáveis.
Unesco-Unevoc e Conif – Unevoc é o Centro Internacional para a Educação Profissional e Tecnológica, um dos ramos da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O Centro implementa suas atividades por meio de uma rede mundial de instituições. Desde 2016, o Conif é um dos representantes no Brasil.
Bárbara Bomfim
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