Conhecer, monitorar e manejar insetos são práticas bem conhecidas para quem trabalha com lavouras e, quanto mais barato e prático esse processo, melhor para o agricultor e para os alimentos, que chegam ao consumidor com mais qualidade e menos custo. O projeto de pesquisa “Construção de armadilha luminosa desmontável para captura de insetos silvestres”, desenvolvido no campus Nepomuceno do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG), vai nesse sentido.

A captura de insetos em armadilhas é uma ferramenta necessária para saber mais sobre o agroecossistema, além de ajudar a controlar essa população. O professor Bruno Senna Corrêa, que está à frente do protótipo, explica que, no mercado, já existe a armadilha Luiz de Queiroz, a mais famosa e reconhecida no segmento. Nesse tipo de dispositivo, há, basicamente, telas ou haletas com uma fonte luminosa central para atrair e capturar os insetos. Mas o grande diferencial do modelo proposto é o tamanho e a praticidade: ela será compacta e desmontável, de fácil transporte.

Toda a estrutura da armadilha, basicamente, foi feita com tubos de PVC, malhas de aço e leds, ou seja, materiais de baixo custo. A parte elétrica prevê alimentação com bateria. Dadas as particularidades do trabalho, ele foi dividido em duas partes: A (elétrica) e B (mecânica). A primeira parte dele, mais adiantada, foi selecionada para ser apresentada, inclusive, durante a 15ª Semana de Ciência e Tecnologia do CEFET-MG, de 21 a 25 de outubro em todos os campi da instituição. O evento é aberto ao público para visitação.

O professor do CEFET-MG destaca, ainda, que o protótipo é fruto de uma pesquisa mais longa e que visa, inclusive, “se tornar um novo modelo de equipamento, com sigilo na base da Lei de Inovação.” Também integram a equipe responsável pela armadilha os professores Luciano Cavalca (parte eletrotécnica), Carlos Ademir da Silva (parte mecatrônica), além dos alunos bolsistas Ana Paula Sales, Tainá Mendes e Caynan Henrique Garcia.

Curiosidade – Alguns insetos muito comuns capturados pelas armadilhas luminosas e que povoam as plantações durante as noites são das espécies de coleópteros (besouros, joaninhas, escaravelhos), lepidoptera (borboletas e mariposas), hymenoptera (vespas e formigas) e hemiptera (cigarras, percevejos, pulgões e cochonilhas). Todas elas são importantes para o ecossistema, mas, em desiquilíbrio, podem gerar danos às plantações.

Fonte: Artigo do IFSP “Refinamento de modelo artesanal de armadilha luminosa para captura de insetos voadores noturnos”.

 

Texto: Secretaria de Comunicação Social do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG)

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