O Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) completa, nesta quinta-feira (24/3), 13 anos. A instituição reúne os dirigentes máximos dos 38 institutos federais, dos dois centros federais de educação tecnológica e do Colégio Pedro II. O colegiado tem como premissa dar suporte, orientar e respaldar a Rede Federal em políticas públicas de desenvolvimento da formação profissional e tecnológica, pesquisa e inovação.
Criado logo após a lei que originou os institutos federais (Lei nº 11.892/2008), em 2009, o Conif surgiu para substituir o Conselho dos Dirigentes dos Centros Federais de Educação Tecnológica do Brasil (Concefet). O professor Jadir José Pela foi testemunha dessa transição, uma vez que, à época era diretor-geral do Centro Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo (Cefet/ES).
Jadir é o atual reitor do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) e já esteve à frente tanto do Concefet, em 2000 e 2001, quanto do Conif, em 2020. “Tive a oportunidade de fazer parte dessa transição. Lembro do processo de constituição desse novo modelo dos Institutos Federais e como estávamos preocupados que houvesse uma legislação forte, que nos respaldasse. Logo em seguida veio a constituição do Conif e acredito que nos saímos bem em todas essas articulações”, avalia.
O secretário-executivo do Conif, Alexandre Bahia, também acompanhou de perto a evolução da Educação Profissional, Científica e Tecnológica no decorrer dos últimos 13 anos, a partir de seu trabalho no Conselho. “É notável o crescimento da relevância política do Conselho. Nosso colegiado tem um protagonismo na defesa da Rede Federal. No decorrer dos anos, temos prestado importantes serviços à sociedade. Conquistamos nosso espaço e hoje somos ouvidos pelos mais diversos agentes políticos do país e somos reconhecidos como representantes da Rede Federal”, destaca.
Responsável por dar suporte, orientar e respaldar as instituições congregadas, o Conif tem trabalhado continuamente por melhorias em infraestrutura e condições de trabalho para os servidores, além de promover ações estratégicas para fortalecer e consolidar as instituições. Neste sentido, o Conselho tem obtido destaque na defesa dos interesses da Rede Federal em pautas como a recomposição orçamentária para as instituições e a consolidação e defesa da Lei que criou a atual configuração da Rede.
“O Conif vem, nos últimos anos, tendo um papel de destaque e protagonismo nesse cenário de discussão junto aos poderes Executivo e Legislativo. Estamos sempre sendo convidados para discutir políticas públicas que interessam às nossas instituições. Essa representatividade e liderança são essenciais para o País”, destaca o presidente do Conselho e reitor do Instituto Federal do Pará (IFPA), Cláudio Alex da Rocha.
Espaço de representatividade
Diante de instituições tão diversas, plurais e inclusivas, o Conif tem trabalhado para ampliar a diversidade em sua composição e liderança. A equidade de gênero, por exemplo, tem sido uma pauta recorrente dentro do Pleno do Conselho. “As marcas de sua maturidade são observadas em muitos aspectos, como a representatividade feminina na composição da atual diretoria”, avalia a reitora do Instituto Federal da Bahia (IFBA), Luzia Mota.
Em sua fala, a dirigente faz referência ao fato de, em 2022, a diretoria ter em sua composição quatro reitoras. Atualmente são 15 mulheres à frente de Institutos Federais em todo o Brasil. Em 2021 o Conif foi presidido pela reitora do Instituto Federal Catarinense (IFC), Sônia Regina de Souza Fernandes, após um hiato de 10 anos desde a gestão da professora Consuelo Sielski, então reitora do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).
“Nós mulheres somos mais de 50% do contingente de servidores e estudantes da Rede Federal, mas, no pleno do Conif, somos apenas 15 reitoras. Ao completar 13 anos com uma diretoria majoritariamente de reitoras, o Conselho exprime seu compromisso de enfrentar essa sub-representação e de dar um exemplo positivo para todos e todas que trabalham e se relacionam com a Rede Federal”, defende Luzia.
Um olhar para o futuro
Ao completar 13 anos, o Conif se vê diante de um cenário de desafios em diversos aspectos para a efetiva consolidação das instituições congregadas, alcançando seus estudantes, servidores e a comunidade acadêmica. Os aspectos políticos, econômicos, de manutenção do modelo científico e tecnológico, e a defesa atual legislação que rege a Rede Federal são, na opinião da reitora do Instituto Federal de Goiás (IFG), Oneida Irigon, questões chaves para o futuro das instituições e do Conselho.
“Nossa Rede cresceu. Tivemos um aumento significativo de matrículas, de campi e de servidores nesses anos, mas o nosso orçamento não acompanhou esse crescimento. Precisamos garantir um orçamento real para manter nosso funcionamento e o Conif tem a capilaridade para nos ajudar nessa questão”, afirma Oneida.
A conselheira é a que tem menos tempo de atuação no Conif, sendo a última reitora da atual composição do Conselho a ser empossada. “É um privilégio poder fazer parte desse colegiado. É um espaço de discussão, reflexão, com ações que ajudam a pensar e lutar pelos interesses da Rede Federal”, comemora.
Assessoria de Comunicação do Conif
Foto: Danilo Silva/IFTM