Um levantamento realizado pelo Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), por meio do Fórum de Pró-Reitores de Extensão (Forproext), apontou que a Rede Federal fomenta ações relacionadas à pauta da diversidade por meio de núcleos ligados a estudos de gênero, afro-brasileiros e indígenas ou grupos correlatos (confira aqui o resultado do estudo).
A intenção da pesquisa é aproveitar as informações apuradas para auxiliar nas tomadas de decisões e fortalecer esses grupos. Das 41 instituições que integram a rede - 38 Institutos Federais (IFs), dois Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefet) e Colégio Pedro II -, 32 confirmaram, em pesquisa, a existência de Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas ou grupos correlatos (Neabi/GC). As respostas foram coletadas por meio de um formulário eletrônico.
Para Rosana Machado, Pró-Reitora de Extensão do IF Sudeste MG, essa pesquisa é uma ferramenta importante para avaliar a atual realidade das instituições e aprimorar as iniciativas já existentes perante esse contexto.
“A gente tinha a percepção de que existiam núcleos afro-brasileiros e indígenas, de gênero e de grupos correlatos, mas não tínhamos um mapeamento das ações. Então, realizar essa pesquisa é uma forma de ter os dados institucionais sobre a realidade desses núcleos. Além disso é uma forma de poder buscar políticas públicas, apoio e recursos para fomentar essas ações, visto que temos hoje, no cenário nacional, uma perspectiva de trabalhar com as políticas de inclusão. Então, ter esse panorama, é uma forma de mostrar que as instituições da Rede Federal estão alinhadas com a política nacional de inclusão”, explica Rosana.
A coordenadora reconhece que, apesar de existir um compromisso da Rede Federal com a manutenção desses núcleos, o apoio orçamentário para que as ações sejam desenvolvidas ainda é um desafio. No relatório, há, inclusive, um trecho que menciona o percentual de Neabi/GC que possuem recurso orçamento próprio: apenas 34,4%. Mas já há, em desenvolvimento, iniciativas que buscam garantir o funcionamento desses núcleos.
“O que a gente tem feito pensando em agregar os estudantes indígenas, negros, quilombolas, da comunidade LGBTQIA+ e de grupos correlatos é a busca de recursos. A gente já tem feito isso por meio do GT [Grupo de Trabalho] da Diversidade, do Forproext. Algumas instituições têm conseguido, por exemplo, emendas parlamentares. Mas temos também buscado ações mais governamentais, como o diálogo com os ministérios”, finaliza.
Diretoria de Comunicação Conif