3 10 2019 educador nota 10 IFRNCom 110 anos de trajetória, a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica é reconhecida por inspirar pessoas e realizar sonhos por meio da educação. E o papel dos educadores tem grande destaque nessa “cruzada” que começou em 1909 com a criação das Escolas de Aprendizes Artífices, história que já contamos por aqui. Atualmente, a rede conta com mais de 40 mil docentes em todas as regiões brasileiras.

Mesmo que ainda pouco celebrado fora dos muros escolares, o Dia do Professor, comemorado hoje, 15/10, nos faz reconhecer a importância desse que é capaz de inspirar colegas de profissão e estudantes. O patrono da educação brasileira, Paulo Freire, afirmou que “a educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo”.

Recentemente, Patrícia Barreto, que ministra aulas de Língua Portuguesa no Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), se tornou um exemplo de profissional que faz a diferença. De maneira inovadora, ela propôs aos seus alunos um jogo para auxiliá-los a escrever textos argumentativos e pensar em soluções para os problemas sociais que eles apontassem.

O projeto de gamificação foi batizado de “Argument(Ação): o empoderamento do protagonismo juvenil” e rendeu à idealizadora a vitória na categoria “Voto Popular” do 22º Prêmio Educador Nota 10, que reconhece e valoriza professores da Educação Infantil ao Ensino Médio, coordenadores pedagógicos e gestores escolares de escolas públicas e privadas de todo o país.

educadores nota 10 IFRN

Patrícia foi a única representante do Nordeste e da Rede Federal entre os 10 finalistas premiados, de um total de 4.878 trabalhos inscritos. O reconhecimento foi entregue pela Fundação Victor Civita em parceria com os grupos Abril e Globo e a Fundação Roberto Marinho. A cerimônia de premiação ocorreu em São Paulo no dia 30 de setembro.

O projeto ganhou desdobramentos. Com base nas redações, os estudantes criaram um podcast para divulgar ideias e evidenciar o protagonismo juvenil. “O projeto estava todo baseado no empoderamento da voz do morador, inicialmente precisei mostrar a importância de pertencer a um lugar e lutar para a melhoria daquele espaço para depois atuarmos com as estratégias Argumentais, outra dificuldade, pois os estudantes produziam argumentos de senso comum para problemáticas sociais, precisei desenvolver bastante o conhecimento enciclopédico e o repertório ligado a temas sociais para que eles pudessem produzir diversas estratégias Argumentais”, diz a professora.

Esse empoderamento estudantil não é um caso isolado dentro da Rede Federal. Há alguns anos, o professor deprofessor Marcelo Siedler ifsul Informática Marcelo Siedler, do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul), se deparou com a necessidade de integrar ainda mais o estudante Hermann Halberstadt, 20 anos, à comunidade escolar. O jovem teve paralisia cerebral, resultando em alterações neurológicas permanentes que afetam o desenvolvimento motor e cognitivo.

Para assistir às aulas, o rapaz precisa da ajuda de um software, que é limitado e caro. Com o intuito de resolver a questão, o docente criou um projeto de extensão e propôs aos seus alunos que pensassem em um sistema para facilitar o repasse de conteúdo a Hermann.

As alunas Luísa Pinheiro Marques e Nathalia Lopes criaram um sistema de custo reduzido, descomplicado, on-line e que é útil para todos que necessitarem da plataforma, já que não tem limitação de linguagem. O projeto virou o trabalho de conclusão de curso da dupla. “O professor Marcelo sempre se colocou à disposição para me ajudar. Ele ajudou a me dar autonomia e acho que o software vai ajudar mais gente”, comenta Hermann Halberstadt.

“Saber que a educação transforma e, por meio dela, os alunos podem ter novas possibilidades de acesso ao mundo do trabalho e consequente melhoria nas condições sociais é o que me inspira a dar aulas”, ressalta o docente que comenta ainda a importância dos projetos de pesquisa e extensão desenvolvidos nos institutos federais. “Esses projetos atendem as demandas da comunidade e oferecem melhores condições de vida a partir do uso da tecnologia”, conclui.

Qualificação – Na Rede Federal, o Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT) e as capacitações internacionais são exemplos práticos de ações de atualização. Segundo levantamento da Plataforma Nilo Peçanha, do Ministério da Educação (MEC), 52,54% dos docentes da Rede Federal são mestres e 28% têm título de doutor.

reitor ifsul flavio

“Os gestores, de uma maneira geral, têm a missão de oportunizar espaços de qualificação para os professores. Essa melhora na formação traz resultados importantes ao ambiente escolar. Nossos estudantes encontram na rede os melhores profissionais”, analisa o vice-presidente de Assuntos Acadêmicos do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) e reitor do IFSul, Flávio Luís Barbosa Nunes.

Carlos Augusto Chamoun ifesVencedor da edição deste ano do Prêmio Espírito Público, na categoria Segurança Pública, Carlos Augusto Chamoun, do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), afirma: “encontro suporte na Rede Federal para me aperfeiçoar enquanto professor e isso é importante, sim. O Ifes, comparado a outras instituições que já conheci, oferece um suporte bem interessante”.

Chamoun foi premiado pelas fundações Lemann e Brava, e os institutos Humanize e República, devido à sua tese de doutorado: Recuperação e identificação de DNA humano (Y STR) do trato gastrintestinal de imaturos de dípteros da espécie Chrysomya albiceps (Wiedemann, 1819) nutridos com quantidades diferentes de sêmen humano: simulação de análises periciais em casos de crimes sex  (UFRJ/EUA).

A organização definiu seu trabalho como “de grande aplicação na área pericial, levantando vestígios cruciais em casos de estupro e outros crimes importantes”. Sua tese também foi escolhida a melhor do Brasil na área forense pela Sociedade Brasileira de Ciências Forenses (SBCF). “Tenho inspirado professores, peritos, policiais e alunos, já ouvi isso muitas vezes e fico muito feliz. Essa é uma das minhas missões na vida”.

 

Marcus Fogaça

Assessoria de Comunicação

Conif

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