Nesta segunda-feira (22/4), foi realizado o seminário “Ciência, Tecnologia e Inovação na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (RFECPT): Desafios e Propostas”, organizado pelo Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) e pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (MEC). O evento ocorreu em formato virtual.
Na parte da tarde do evento, foram realizadas duas mesas: “A Pós-Graduação na Rede Federal e suas contribuições para a inovação” e “Os desafios da interiorização de ecossistemas de inovação e empreendedorismo”.
A primeira foi mediada pelo pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação do Instituto Federal do Maranhão (IFMA), Rogério Teles, e contou com a participação dos pró-reitores Alan da Costa, do Instituto Federal Goiano (IF Goiano), André Romero, do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), e Joélia Marques de Carvalho, coordenadora do Fórum de Pró-Reitores de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (FORPOG) do Conif.
“Essa rede que fazemos parte, a Rede Federal, é belíssima e está dando um grande resultado para o nosso país, interiorizando o Ensino, a Pesquisa, Inovação, a Internacionalização e a Pós-Graduação. Nesse formato de rede, temos um pouco mais de 15 anos, mais ou menos coincide com a última Conferência que a gente teve, a Conferência de Ciência e Tecnologia. Nesse formato de rede, é a nossa primeira participação. E a rede tá protagonizando bem nesse processo”, afirmou o professor Rogério Teles logo no início da apresentação da terceira mesa do evento.
4ª mesa do dia
Já a segunda mesa do turno da tarde - e última do evento -, foi mediada por Lorena Rosa, pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação do Instituto Federal de Goiás (IFG). A pró-reitora Herika Montilla, do Instituto Federal do Acre (IFAC), e Públio Ribeiro, coordenador-geral de Ambientes Inovadores e Startups (CGAI) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), foram os convidados deste momento.
Na ocasião, Públio reforçou a importância de existir um fundo nacional direcionada para a Educação Profissional e Tecnológica.
“Por que é que a gente dá dinheiro para o FAT [Fundo de Amparo ao Trabalhador] e para o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] e não tem um fundo para ir para a Rede Federal ou para as redes estaduais para fortalecer o empreendedorismo e inovação? A Educação é uma área estratégica para o desenvolvimento do país e a gente precisa ter fontes de financiamento adequadas. A gente não vai conseguir fazer a consolidação e a expansão da Rede só com recurso do orçamento federal, 80% é para pagar a folha de recursos humanos das instituições. O recurso que a gente tem para infraestrutura, pesquisa e inovação é muito limitado”, explicou Públio.
Em seguida, o representante do MCTI disse que também é necessário descentralizar as políticas de Ciência e Tecnologia. “A gente tem que definir estratégias de descentralização que não seja simplesmente colocar percentuais mínimos de investimento nas regiões do país. Mas, na verdade, destinar uma parte do fomento para ser operado de forma descentralizada pelos estados”, concluiu.
O encontro é parte das Conferências Livres em preparação para a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (5ª CNCTI), que será realizada entre 4 e 6 de junho deste ano, em Brasília.
5ª CNCTI
A conferência está sendo organizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que desde o início do ano tem incentivado grupos de pessoas a se reunirem para analisar programas e planos de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) desenvolvidos entre os anos de 2016 e 2023.
As propostas das Conferências Livres, como a organizada pelo Conif, serão analisadas pelo MCTI e seus resultados serão apresentados no encontro nacional, e as sugestões serão usadas para a elaboração da "Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação - 2024-2030”.
Diretoria de Comunicação do Conif