Moçambique terá Centro de Inovação do Algodão a partir de cooperação com a Rede Federal

O projeto binacional ‘Caminhos do Algodão: Centro de Inovação do Algodão de Moçambique (CIAM)' vai entrar em uma nova etapa a partir deste mês. Uma comitiva brasileira está no país africano, para fazer visitas técnicas para a implementação do espaço onde ocorrerão as formações, que vão ocorrer no âmbito do Programa de Cooperação Técnica entre os países.


A ação é resultado da parceria entre a Autoridade Nacional da Educação Profissional (ANEP) do governo moçambicano, o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) e a Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (ABC/MRE). O projeto é liderado por representantes dos Institutos Federais do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) e Catarinense (IFC) e da Universidade Federal de Lavras (Ufla).  A missão, que teve início no dia 4 de maio, com visitas às cidades de Nampula, onde será implantado o centro, e Maputo, capital do país, reúne representantes de todas as instituições envolvidas no projeto.


A proposta é viabilizar em Moçambique um centro de pesquisa e inovação para o setor algodoeiro, que também traga o componente do ensino agrícola para atender às demandas do país africano. Os especialistas brasileiros estão compartilhando apoio técnico na implantação da nova unidade, pelo governo moçambicano, para auxiliar na área de produção de sementes de algodão e no fortalecimento da governança e da governabilidade da futura instituição.


O secretário-executivo do Conif, Alexandre Bahia, está na comitiva brasileira que foi à Moçambique. Segundo ele, o Conselho tem atuado com vistas à ampliação das parcerias com os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) na perspectiva da promoção da cooperação horizontal. “A relação da Rede Federal com o governo Moçambicano ganhou força quando a parceria deu início ao Programa de Formação de Formadores Moçambicanos, em 2018”, destaca.


No entanto, a parceria entre Brasil e Moçambique nesse quesito é datada de 2016, quando foram realizadas as primeiras missões de prospecção entre os dois países. De lá para cá, já foram desenvolvidas formações de docentes nos eixos agricultura, mecanização agrícola, design de interiores e construção civil, esta última em andamento. Com o apoio de servidores dos Institutos Federais, também foram estruturadas especializações Lato Sensu nos eixos de agricultura e em Sistemas de Produção Agropecuária.


“A troca de experiência tem sido realizada baseada na expertise utilizada na instalação dos Institutos Federais. Estamos auxiliando para que a unidade moçambicana tenha laboratórios, estrutura para técnicas do manejo e de cultura, façam o controle de pragas e a produção têxtil do algodão”, explica Marcelo Bregagnoli, diretor de Desenvolvimento da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC). Bregagnoli acompanhou todo o processo de implementação enquanto ainda era reitor do IFSULDEMINAS.


O ex-reitor do IFC, Francisco Sobral, irá coordenar as atividades de implementação de um centro de formação profissional, aos moldes do que são os Institutos Federais. Os cursos serão ministrados por servidores públicos brasileiros, que irão se deslocar ao país africano, a formadores de Moçambique, com o objetivo que eles consigam atuar como replicadores posteriormente. Para a execução da parceria, o governo moçambicano irá disponibilizar a infraestrutura necessária para ministrar os cursos.


Assessoria de Comunicação do Conif

Com informações do Ministério da Educação


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