Novos campi de IFs “representam a retomada de um projeto de país”, diz presidente do Conif

"O lançamento de 100 novos campi de institutos federais representa a retomada de um projeto de país, que acredita e aposta em uma educação que transmuta realidades, que impacta profundamente regiões e promove, ademais do ensino de excelência, a geração de emprego e renda de forma qualificada, a melhora dos arranjos produtivos locais, contribuindo de forma eficaz para o crescimento do Brasil", disse Elias Monteiro, presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), ao lado do presidente Lula e do ministro da Educação, Camilo Santana, durante a cerimônia de anúncio dos novos campi de institutos federais no país. 


O evento ocorreu na manhã desta terça-feira, 12 de março, no Salão Nobre do Palácio do Planalto, em Brasília. Dirigentes da Rede Federal de todo o país marcaram presença no evento. O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, deputados federais, senadores, estudantes, representantes da área da Educação e outras autoridades também participaram do momento. 


De acordo com o governo federal, com a abertura dos novos campi, serão mais de 140 mil vagas - majoritariamente de cursos técnicos integrados ao ensino médio. Além disso, vão ser investidos R$3,9 bilhões em obras, por meio do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) - sendo R$2,5 bilhões para a criação de novos campi e R$1,4 bilhão para a consolidação de unidades dos institutos federais já existentes. A construção de refeitórios estudantis, ginásios, bibliotecas, salas de aula e aquisição de equipamentos estão entre as prioridades.


“Onde não tem restaurante, vamos fazer restaurante para os alunos. Onde não tem laboratório para determinado curso, vamos fazer laboratório. E cada reitor está dialogando com o Ministério da Educação para colocar as suas demandas, prioridades e necessidades para cada unidade desse país”, afirmou o ministro Camilo Santana.


O ministro disse, ainda, que os novos institutos federais devem oferecer pelo menos 80% de vagas em cursos técnicos e profissionalizantes.


Na região Sudeste, serão 27 campi de institutos federais - 12 em São Paulo, oito em Minas Gerais, seis no Rio de Janeiro e um no Espírito Santo; no Sul, serão 13 - cinco no Paraná, cinco no Rio Grande do Sul e três em Santa Catarina; no Norte, serão 12 - cinco no Pará, dois no Amazonas, um em Rondônia, no Acre, no Amapá, em Roraima e no Tocantins; no Centro-Oeste, serão dez - três em Goiás, três no Mato Grosso, dois no Distrito Federal e dois em Mato Grosso do Sul; e, por fim, no Nordeste serão 38 - oito na Bahia, seis em Pernambuco, seis no Ceará, quatro no Maranhão, três na Paraíba, três no Rio Grande do Norte, três no Piauí, três em Alagoas e dois em Sergipe. 


Investimento em Educação


“É com base no investimento da Educação que a gente pode ter a certeza de que esse país vai ser um país de primeiro mundo, um país desenvolvido, um país de uma sociedade composta pela grande maioria de classe média. Nós vamos fazer mais escolas técnicas nesse país, sobretudo para que a gente seja cidadão de primeira classe”, disse o presidente Lula durante a cerimônia.


O presidente lembrou também da importância de incentivar mulheres a ter uma formação profissional. 


“A questão de gênero ganha uma dimensão extraordinária. A formação da mulher é importante, porque, normalmente, a gente ouve dizer, assistimos na televisão e lemos na internet que ‘a mulher passa necessidade’, que é ‘violentada dentro de casa’, que ‘é agredida’. E, muitas vezes, isso acontece, porque ela não trabalha fora de casa, não tem profissão e diz ‘tenho que ficar aqui, porque tenho três filhos, e ele [cônjuge] precisa nos dar a comida’”, pontuou Lula. 


“A coisa mais importante na Educação é que a mulher, tendo uma profissão, vai ter um espaço para atuar no mercado de trabalho, fora de casa. Ela não nasceu só para fazer trabalho doméstico. Ela nasceu para fazer o que quiser. E trabalhar fora de casa é uma oportunidade. Quando a mulher tem uma profissão e salário, ela pode custear a vida dela. Ela não vai depender de um homem. Ela vai ter a opção dela, vai poder escolher. O importante é que vocês [estudantes] estudem, tenham uma profissão e andem de cabeça erguida na rua, porque mulher não é inferior a nenhum homem”, completou.

Rede Federal


No dia 29 de dezembro de 2008, o então presidente Lula instituiu a Rede Federal por meio da sanção da Lei 11.892. A nova lei criou, imediatamente, 38 institutos federais. Agora, com os novos 100 campi, a Rede Federal passa a contar com 782 unidades, sendo 702 campi de institutos federais.


A Rede Federal é também composta por dois Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefet), pelo Colégio Pedro II, pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e 22 escolas técnicas vinculadas às universidades federais. 



Diretoria​ de Comunicação do Conif

Texto: Marina Oliveira/Conif 
Foto: Moacir Evangelista/Conif

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