Entre os dias 16 e 18 de setembro, o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) esteve presente na 14ª edição do Fórum da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (Fórum RNP), em Brasília. Desta vez, o encontro teve como tema “As tecnologias que nos conectam e transformam”.
Nesta edição, professores, pesquisadores, empreendedores, entre outros especialistas, se reuniram para debater o impacto das tecnologias da educação, pesquisa, saúde, cultura e defesa.
“Espaço de reflexão e aprendizagem”
A reitora do Instituto Federal de Goiás (IFG), Oneida Irigon, falou sobre a importância de o Conif participar do evento.
“Participar do Fórum da RNP 2025 é, para nós da Rede Federal, mergulhar em um espaço de reflexão e aprendizagem que vai além da tecnologia pela tecnologia. As discussões sobre Inteligência Artificial, segurança e privacidade de dados, redes avançadas e governança não são apenas debates técnicos. Elas nos convocam a pensar como essas inovações podem servir à sociedade, ampliando direitos, fortalecendo a educação pública e reduzindo desigualdades”.

Para ela, o Fórum é também um processo formativo, no qual há compartilhamento de experiências, trocas de saberes e construção coletiva de novos caminhos para a ciência e a educação.
“Ao integrar a Rede Federal e a RNP nesse movimento, reafirmamos o compromisso de colocar o conhecimento a serviço da transformação social, garantindo que a tecnologia esteja alinhada à vida concreta de nossos estudantes, servidores e comunidades”, finalizou.
Forti no 14º Fórum RNP
No dia 17 de setembro, o coordenador do Fórum de Gestores de Tecnologia da Informação e Comunicação (Forti) do Conif, Fábio Macêdo, participou de um debate sobre “Como a governança de dados pode alavancar as políticas públicas de educação e melhorar a vida do estudante”.
Durante a apresentação, Macêdo mostrou ao público presente o Observatório da Rede Federal, projeto que tem como proposta a construção de um Data Lake – ampla base de dados com informações de toda a Rede Federal –, a fim de que seja possível compilar informações da Rede Federal e auxiliar os gestores nas tomadas de decisão.

“O papel da Rede Federal é mostrar soluções que já estamos trazendo e que podem potencializar os nossos trabalhos. Para o diálogo, eu levei o caso do Observatório da Rede Federal, que é um caso que a gente tem dez instituições conectadas, e que vamos conectar mais instituições construídas no âmbito do Forti, mas com o apoio de todos os fóruns do Conif”, explica.
Além do coordenador do Forti, participaram do debate Claudio Fabricio, diretor adjunto de soluções da RNP; Daniel Castro, diretor de Programa para Governança de Dados Ministério da Educação (MEC); e Gustavo Portella, diretor de TI da CAPES.
Participação da presidente
Já no último dia de encontro, a presidente do Conif e reitora do Colégio Pedro II, Ana Paula Giraux, participou de uma mesa sobre “Redes e Convergências para Ensino, Pesquisa e Inovação: alianças estratégicas para moldar o futuro digital do Brasil”.
Na ocasião, a presidente do Conif apresentou dados e informações relevantes sobre a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, destacando o papel dos Institutos Federais, do Colégio Pedro II e dos Cefets. Ela evidenciou a abrangência e os resultados dessas instituições, reforçando a importância estratégica para a formação de qualidade, a inclusão social e o desenvolvimento do país.
Além disso, durante sua participação, Giraux citou exemplos de projetos em estados como Amazonas, Ceará, Bahia e Paraíba, evidenciando como a tecnologia e a educação transformam realidades locais. Ela também aproveitou o momento e chamou a atenção para um tema que considera urgente: a necessidade de garantir segurança e ética no uso das redes sociais e da inteligência artificial, especialmente entre os estudantes.

“Quando você muda a vida de um estudante, muda a vida de famílias inteiras que estão no entorno desses estudantes. Mas precisamos refletir: de que forma estamos usando as redes sociais e como isso atinge profundamente nossos jovens e nossas escolas? A própria inteligência artificial, que tanto celebramos, já tem sido usada para bullying. É um apelo que faço: que toda a reflexão sobre tecnologia venha acompanhada da preocupação com a ética e a segurança dos nossos estudantes, para que possamos construir avanços responsáveis e proteger nossas comunidades escolares”, finalizou.
A mesa reuniu representantes de institutos federais, universidades, centros universitários (públicos, privados e comunitários) e instituições de pesquisa para discutir alianças estratégicas e, assim, fortalecer o desenvolvimento científico e tecnológico do país, impulsionar a pesquisa aplicada e ampliar a inserção de talentos no mercado.
Ao lado de Giraux, participaram da mesa Artur Gibbon, Diretor de Ambientes de Inovação da Anprotec; Cicília Raquel Maia Leite, presidente da Abruem; Dácio Roberto Matheus, reitor da UFABC; Francilene Procópio Garcia, presidente do SBPC; e Rafael Pontes, gerente de Relações Federativas.
Diretoria de Comunicação do Conif
Texto: Marina Oliveira/Conif
Foto: Moacir Evangelista/Conif